@peixoto_isa |
Há
sensibilidade no que eu escrevo. As palavras transmitem o que eu
sinto... e como eu sinto! Tudo à minha volta obtém um olhar diferente,
dedico parte do meu tempo para refletir e, talvez, escrever sobre elas:
as flores nas calçadas, o céu nublado mesmo em um dia quente e as
pessoas ao redor. A cada lugar, a cada passo, as palavras invadem a
minha mente e tudo vira poesia.
Durante muito tempo, tentei, em
vão, reprimir a minha sensibilidade exagerada, mas isso só contribuiu
para um acúmulo de pensamentos, reflexões intermináveis que se afogam na
minha mente, no mar de incertezas que há em mim. Ao longo de vários
anos, criei e deletei inúmeros blogs, escrevi em cadernos e os joguei
fora, na esperança de que o sentir exacerbado fosse embora junto a eles,
sumisse em meio aos papéis rasgados e as palavras, agora, silenciosas.
Fora tudo um engano.
No
fundo eu sabia que o tempo é incapaz de deixar as palavras partirem,
elas são as únicas companheiras do meu sentimentalismo, da necessidade
de dizer a elas sobre a tristeza que me rasga o peito e a felicidade
atrasada. Sentada, mais uma vez, olhando para o teto, percebo que
escrever é uma necessidade, há uma urgência em deixar os sentimentos em
um papel em branco, rabiscá-lo até não haver mais espaço; espaço para a
dor, para a infelicidade insistente.Tardou, já é noite, outro tempo,
outro ano, e só agora compreendo que sou feita de palavras.
Você é feita das palavras mais bonitas! Lembre-se sempre disso. Registre, sempre.
ResponderExcluirQue texto delicado! Me senti aconchegada com sua escrita, que as suas palavras viajem muito, e que você continue a viajar nelas também. Um beijo, Lídia ♥ Amei o seu cantinho <3
ResponderExcluirEu me identifiquei muito. Também sou composta de sensibilidade exagerada!
ResponderExcluirAdorei conhecer aqui.
Abraços! <3