10/11/2019

O mar em mim

Muitas vezes, senti o ímpeto de escrever. Apenas escrever. Talvez poemas, resenhas de livros ou um amontoado de palavras. Comecei no Tumblr, mudei para o Blogger, mas já deletei todos os blogs que ousei criar até agora. Refletindo sobre, nessa noite de domingo, penso que seria melhor não ter deletado nenhum deles; todos eles tinham um pedaço, um pequeno fragmento do meu eu.

Por muito tempo, imaginei que pudesse simplesmente ignorar as minhas ideias e o meu anseio por transformar os meus devaneios em palavras, porém isso só me fez ficar sobrecarregada de reflexões, de pensamentos intermináveis que foram se afogando, pouco a pouco, no meu interior, no mar de incertezas que há em mim. 

Já faz anos que eu não escrevo sobre o que sinto, sobre o ar que eu respiro, sobre as flores que admiro e sobre o amor; o amor que meu trouxe até este novo e pequeno espaço virtual, criado para compartilhar sentimentos e ideias. Já é noite, o clima está quente, e o ventilador ligado. Escrevo nesse dia, nesse tempo, não porque planejei, mas pelo querer, pela necessidade de lançar as palavras ao vento, ao desconhecido. Não há como saber quem irá ler e de fato entender o que é sofrer por palavras. A minha motivação para a escrita não vem pela certeza ou incerteza que alguém irá ler; e sim, pela emergência de me expressar, dizer fantasias para o vazio e me sentir completa.

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